quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O pintor

O poeta é um pintor
Pinta um arco-íris
com um só cor
Pinta a natureza
Do bem e do mal
Por seus olhos
Passa a novela
Da vida real.

Amor outono

Estamos caminhando
Sob o olhar da natureza,
Respirando esa beleza
Enquanto amo o que me resta.

As folhas caem no chão
Pela clorofila abandonadas,
Essa cor amarelada
Maximiza minha paixão.

E o sol vai caindo devagar
Coroando o fim do dia
Deixando a alegria
Nos contagiar.

E aperto a tua mão rapidamente
Com o calor de quem tem medo,
Me diz qual o segredo
Pra te amar eternamente.

Temos Tempo?

Acabamos dos olhos abrir
Para um mundo imprevisivel
E tenta-lo descobrir
É surrelmente irresistivel.

E agora temos tempo?
E o que fazemos com ele?
O botão de start está naquele
Que está parado neste momento.

Ei, você vai ficar ai parado?
Ei, você vai ficar ai calado?
Cresça, apareça, viva.

Acabamos de nascer
E mesmo sem querer
Perdemos tempo.

Vermelho

                                               Para Bruna Karoline             
Batom vermelho
Da cor da paixão
Beija o meu rostinho
Marca meu coração.

Boca sensual
Desenho de Deus,
Realidade angelical
Esperança dos sonhos meus.

Faz-me teu bonequinho
Encanta-me com teu olhar
Pega-me com carinho
Deixa eu te amar.

A natureza conspira
A favor de tua beleza
A tua presença, tenho certeza
Me conquista a cada dia!

Garoto silencioso

Um caminho sem destino
andando ao léu
rezando ao céu
pra cuidar desse menino.
Com passos lentos,
veio silencioso e sorrateiro
e demonstrou que é verdadeiro
e que tem sentimentos

Um guerreiro que luta por amor
e não recua ante a dor;
o garoto silencioso...

E se cai, levanta e segue
sem desânimo, seu sonho persegue;
o garoto silencioso...

                                                                                 By Paulina Moreno

sábado, 18 de dezembro de 2010

Simplismente ela!

                                                                         para Karen A.
Livre, leve, solta.
Passos alegres caminham
Em direção a felicidade
Em meio a diversidade
De raciocínios perdidos,
Que não deixam de ser elegantes
Refletem a simplicidade
Da coisa-ativação
E parte
Nas noites estreladas
Em seu carrossel vermelho
Deixando conosco
O seu sorriso

No mundo da lua

Somos nuvens
Aparti do momento
Que levitamos
Além da lua
E percorremos
Num leve movimento
O recanto imaginário
Que transpõe a alma,
Buscando no brilho dos olhos
O pensamento perdido,
Que assim como nós
È levado pelo vento
Ao fantástico mundo
De nossa caixa de pandora,
Tão coerente em suas contradições
E tão encantadora quanto os lírios do campo.

Diário de um poeta

Tento me encontrar
O meu intímo desenhando
Deixando o tempo passar
E as pessoas também.

De tempo em tempos
As pessoas vão mudando
Só não entendo
Por que fico aqui pensando.

Vou desenhando,
Auto-retrato
Vou caminhando
Sem saber.

Sem saber a verdade
Por que não posso ver
Não vou te reconhecer
Quando você chegar.

Por enquanto vou riscando
No meu livro de rascunho,
Minha vida vou desenhando
Nos horizontes das linhas.

Canção matinal

Rasgam o ambiente
Passáros cantarolando
Cantam onomatopéias
Inicia-se as prosopopéias
O sol nasce no horizonte
E estou cantando
A vida vai brotando
Como água da fonte
Os passáros a ti cantam,
Cantam com alegria
E eu te canto
Bom dia!

o patrão da alma

O amor é fogo,
Mas que metáfora sem sentido
Talvez não tenha conhecido
O seu amor verdadeiro.

Quis dizer: o fogo da paixão
Que é passageiro
E de tempos em tempos nos abraça
Agitando o coração.

O verdadeiro amor
É o patrão da alma
Que nos faz alegremente
Escravos eternamente.

O palco de grandes apresentações
È a vida que nos faz sonhar,
O protagonista de tantas emoções
È a alma aprendendo a amar.

Canetas

Canetas perdidas
Que passam como o tempo,
Somem com o vento,
Não sei pra onde vão.

Pretas ou azuis, sempre me ajudaram
A escrever mais e mais
A trazer minha paz,
Papeis elas marcaram.

Canetas descartáveis,
Uma para cada poesia
Abastecendo a fantasia
Dos meus pensamentos inefáveis.

Canetas mágicas, escrevendo devagar
Vão pintando ensinamentos,
Desenhando sem parar
Verdadeiro encantamento.

Perdem-se no espaço
Onde busco inspiração,
Para juntar-se a coleção
Das poesias de março.

A árvore

Árvore morta
Plantada ai eternamente
Toda tarde te vejo ao longe
Todo dia esta presente.

Árvore seca
Que amarga as consequências do tempo
Queria ser fonte de teu reflexo
Resistente as imprevisões do vento.

Quero sentar-me a tua sombra
E refletir sobre a minha vida,
Quero te fazer uma visita
E descobrir o teu valor.

Pertinente em seu pensamento
Onde está as tuas folhas?
Será que te entendo?
Você me é igualmente diferente.

Vamos fazer natureza,
Trocar de pele
Viver tua beleza
Antes que eu congele.

Por que não tenho proteção,
Não tenho armadura
Eu sei que a vida é dura
E tem uma conclusão.

Árvore viva,
Que se esconde logo ali,
Mostra-me tua face
Vem ser feliz.

Que eu quero ser também,
Pois eu procuro alguém
Para esculpir os nossos nomes
Eternamente em tuas veias.