terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A verdade


Não é um ponto de vista
Nem a opinião da maioria.
Não é algo que há ou que havia
Nem um conceito futurista.
Ela é macia
À língua de quem pronuncia,
Pois ela liberta
Deixando a porta aberta,
A porta da mente
E a do coração.
Quem dela faz menção
Vê um mundo mais transparente.
É a única que machuca
E ao mesmo tempo cura,
É uma faca de dois gomos
Que aponta quem nós somos.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Afável alma


                                                       para Welida Lima

Quando Deus te desenhou
Estava sonhando
Com um mundo melhor
E as pessoas se amando.
Pois só de estar em sua companhia
Sinto tua alma me abraçando
E me enchendo de alegria,
Com a sua amizade me contagiando.

A arte de nossa terra


Cordel minha cultura.
Também faço parte
Do mundo xilogravura,
A terra de nossa arte.

Baião de dois,
Chinelo de couro,
A nossa cultura é ouro.
O nosso feijão com arroz.

Quem disse que o repente é feio?
A arte de fazer na hora,
Inspiração na ponta da língua
Sem fochico e sem demora.

Não pude compreender
As minhas origens
E A minha raiz,
Deixei minha identidade se perder.

Eu sou o filho pródigo
Que partiu para formalidade
Européia modalidade
De escrever bonito.

Tinta


Em minhas obras...
Queria usar como tinta:
Sangue.
Pois representaria bem,
Cor e sentimento,
O que quero escrever.
Não somente as minhas,
Mas a de todos os poetas
Por que todos os poemas
São de amor.

Nuvem inconstante

                                                                            

                                                                      para Iacy Castro
Deitado na grama
Vejo uma nuvem inconstante,
Um algodão doce flutuante.
O vento beija meu rosto
E tento sentir o gosto.
Essa nuvem tão festiva,
Ironia tempestiva
Escolhe quem à ama!